quinta-feira, 8 de junho de 2017

(Non) Habemus Capa!?


(Nom)
Habemus Capa!?

Quer-se maior prova
Que vivemos num Estado "Fascista",
Quando a corrupção benfiquista 
Não é destaque n'A Bola!?

Nem uma pequena notícia,
Nem um pequeno relevo,
Nem uma foto d'arquivo
Onde se veja a polícia?!

Nem um livro "Eu, Carolina!"!?
Nem um filme sobre bandidos!?
Nada qu'os veja investidos 
Em negócios de "cartolina"?

Não se faz informação 
A sul, sobr'o benfica,
Só propaganda ansiolítica 
Pr'a se negar a investigação!!

Até o Ministério Público 
Já se pronunciou sobr'o assunto!?
E o "Correio" nem lê o ponto 
No seu pensamento único?

Não há especiais de TV!?
Não há equipas "d'informação"?
Nem um directo da estação 
Pr'a se acusar sem mais nem porquê?!

Nem um estúdio especial 
Cheio de comentadores "independentes"!?
Nem a "cartilha dos inocentes"
Pr'a s'a presentear no Telejornal?!

Nem de Paredes, o "candeeiro"
Se pronuncia sobr'o caso?
E a RTP dá-se atraso 
Na entrevista ao "primeiro"!?

Até a "justiça desportiva"
Diz que vai abrir um processo, 
E até o Meirim está perplexo
Sem a sanção televisiva!?

E o Ricardo Costa,
Esse jurista tão ilustre,
Acha que tudo não passa d'embuste 
De mouro na costa...

É um escândalo nacional 
Só com repercussões a norte,
Porqu'o jornalismo da corte 
Não faz disto caso real...

Fazem com'as avestruzes
E metem a cabeça n'areia,
Parecendo qu'a notícia s'apeia 
Se lhe meterem umas cruzes!!

Parece um decreto de censura 
Esta atitude dos média,
E ainda se diz qu'a tragédia 
Tinha sido a ditadura!?

Esta democracia encapotada 
É o pior dos regimes,
Porque nela não há "crimes" 
S'a censura não diz nada!?...

E o "crime" jornalístico 
Com destaque de publicação,
É fonte de tod'a sanção 
Do público!?

Esta justiça popular 
Que promoveu a "Carolina",
É a mesma qu'a agora prima 
Em não a publicitar!?

Esta plena auto-censura 
De não se querer informar,
Pr'a nisso se perpetuar 
Apenas a sua "cultura"...

Este nacional-benfiquismo
Qu'é a regra de tod'a propaganda,
É ela quem nisto manda, 
E não apenas por clubismo...

Isto é mais abrangente;
Vai ao funcionamento estadual!
Porque o que vale em Portugal
É a presunção desta gente!

O resto da população 
Que não se revê em tais actos,
São tratados como inaptos 
No que toc'a informação!?

E nem nos piores momentos 
Da ditadura fascista, 
Esta causa benfiquista 
Teve tantos "favorecimentos"!!

E esta conversa suspeita 
Entre elementos subversivos,
Não abre debates televisivos 
Da mesma seita!?

É a televisão da IURD
De cuja "gloriosa" encíclica,
Todos trajam à benfica 
Na missa da ilicitude!

E com tanto padre em contrição
No silêncio deste "tetra",
O vaticano ainda decreta 
A obrigatoriedade da confissão!?

Que ao ler-lhes lá os segredos
Já s'entende as suas récitas,
De cujas decisões proféticas 
Se lavraram tais credos!!

É a causa do "Senhor"
Dito "primeiro-ministro",
Que nisto até Jesus Cristo
Seria o eterno perdedor!

C'o poder que lhe advém 
De gastar o nosso dinheiro,
E de condicionar o clero inteiro...
Amém!

S'até o d'APAF, o bispo,
Actua já por denúncia,
Isto é caso de plena renúncia 
A Jesus Cristo!!

Não querem saber de factos,
Apenas da sua "honorabilidade",
E qu'o resto da cristandade 
Os tomem por homens-santos!??

Depois de ter gratuitos bilhetes
Par'a ir à "Catedral",
O bispo quer dár-nos a moral 
Dos "crentes"!??

Isto está tudo minado 
De padres pr'a tod'o serviço,
E a prova está no sumiço
Desse padre excomungado!

Esse tal que recebia 
A chamada do "Cardeal",
E lhe pedia, "sem mal",
S'o benfica não perdia...

Mas fazendo moucas as orelhas,
Só lhe tocou o final da Taça,
Que de resto perdeu a graça 
Das restantes "ovelhas"...

Mas a fé deste sistema 
Não é hoje que vai cair,
Porque tudo se pode arguir, 
Qu'ainda assim será anátema!

Contr'o Estado Lampião
Nunca haverá processo,
Porque isso seria um retrocesso
Na nossa civilização!

Qu'o que resta aos outros crentes, 
Doutras fés, doutros desígnios, 
É que não leiam em tais domínios 
As notícias albigenses!

Porqu'as saberão manietadas 
Na censura do "primeiro"!
E a verdade, em tal vespeiro, 
É escrita por almas condenadas!

É tudo, pois, propaganda
Ao melhor estilo nazi!
E se nada existe por ali 
É porqu'a "consciência" comanda!

É o Estado "democrático"
À moda de tais dirigentes,
E eles que andavam todos contentes 
No seu percurso sabático!

Pois ali na "Catedral"
Lá se juntavam os "primeiros",
C'os bispos e c'os "financeiros",
Não faltand'o cardeal...

Só lá faltav'o Meirim,
Como santo Torquemada!
E a cúria estava montada,
Não lhe faltand'o (sequer) o pasquim!...

Joker


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