domingo, 31 de março de 2013

Académica 0 - 3 FC Porto: No Limiar do Sonho (Por Breogán)


No limiar do sonho.

Objectivo cumprido e ainda no limiar do sonho, como faz referência o artigo do Walter Casagrande (ler aqui). No limiar, porque mesmo vencendo por 0-3, o futebol debitado pela equipa continua a ser escasso, previsível e cada vez mais limitado no tempo, em consequência da fadiga física de alguns jogadores.






Sejamos francos, ontem vencemos justamente com margem de conforto, mas a oposição foi demasiado fraca para suster a nossa limitada capacidade ofensiva. Pedro Emanuel na procura de imitar quem travou o FC Porto, não percebeu que tinha que sustentar o seu ataque e limitou em demasia a equipa. O FC Porto aproveitou ganhar vantagem táctica, mais uma vez, com uma posse de bola quase inócua em termos de perigo. Porque os problemas crónicos do FC Porto continuam bem vivos e sem solução. 






Foi só mais um jogo em que Jackson lutou sozinho na frente de ataque e muitas vezes desceu ao meio campo à procura de jogo. Com um conjunto de falsos extremos e sem quem assuma a tempo inteiro a batuta criativa da equipa, valeu ao FC Porto marcar nos momentos chave do jogo e o acordar tardio de Pedro Emanuel.

Não foi um jogo onde se sentisse vitalidade ou revolta, mas as mesmas soluções estafadas e gastas, que cumpriram os serviços mínimos e nos mantém no limiar do sonho.

Vítor Pereira voltou a poder contar com Moutinho e escalou Izmaylov no onze, saindo Defour e Atsu da equipa. Mais uma vez, o FC Porto aposta num “molhinho de médios” com Izmaylov e James como “extremos”. Do lado da briosa, Pedro Emanuel procura o reforço do meio campo, tirando uma unidade ofensiva.

O jogo começa com o FC Porto por cima e a Académica na expectativa. Rapidamente, percebe-se que vai ser um jogo sem velocidade, com muita densidade no centro do terreno e rarefeito nos flancos. O FC Porto não tinha rasgo nas laterais e a Académica, sem um extremo de raiz, sofria do mesmo mal.





Aos 4 minutos, surge a primeira situação de perigo. Lucho serve Jackson na área, mas João Real corta para canto. O jogo adormece logo depois e só é acordado pelo 0-1 do FC Porto. Aos 15 minutos, canto para o FC Porto. Moutinho cobra, mas a defesa da Académica alivia. Lucho recupera e volta a colocar em Moutinho, que baila em frente ao seu marcador e cruza tenso. Na área, Mangala corresponde e num excelente golpe de cabeça faz o 0-1. Segunda oportunidade, esta resultante de uma bola parada, e o FC Porto já ganha algum conforto no marcador. Crucial.




Com o 0-1 no marcador, o jogo congela. Nem o FC Porto se anima, nem a Académica acorda. Ambas as equipas debatem-se com os espartilhos tácticos que as limitavam a carrilar jogo pelo centro. Decorrem quase 10 minutos até que o FC Porto volte a criar perigo, e claro, de bola parada. Aos 24 minutos, Jackson sofre falta ainda longe da área da Académica. Ainda assim, James apronta-se para a marcação do livre e acerta na trave.

O FC Porto acorda e atravessa a melhor fase do jogo. Logo no minuto seguinte, bom lance de envolvência do FC Porto com James a servir, de primeira e com classe, a entrada de Lucho na área. Lucho tenta cruzar para Jackson, mas Flávio corta no último momento. Na sequência da jogada, Danilo recupera a bola no flanco direito e passa para James. O “criativo em part-time” volta a meter um passe a rasgar, dando sequência à tabela com Danilo. O lateral entra na área academista e tenta servir Jackson, mas Ricardo defende para canto.

O canto é quase uma repetição do primeiro golo. A Académica corta a primeira abordagem, mas na insistência, James cruza tenso para Mangala, que mesmo em queda, cabeceia à trave.

Logo depois, aos 28 minutos, nova oportunidade. Bola de James (quem mais?!) bem metida na área, ainda desviada por Izmaylov e Jackson contorna Ricardo, mas com ângulo reduzido, remata às malhas laterais.
Bastaram 5 minutos de James com a batuta, para o FC Porto ter oportunidades suficientes e em catadupa para matar o jogo. E tão depressa como apareceu esta boa fase do FC Porto, assim também desapareceu e o jogo volta ao seu estado gélido.





O jogo só volta a acordar aos 37 minutos, por revolta de Fernando. Na raça e em progressão vertical, Fernando tabela com James, primeiro, e Izmaylov, depois, para entre ressaltos e repelões, entrar na área e rematar para golo, mas Flávio, uma vez mais, salva no último momento. Acaba aqui a produção ofensiva do FC Porto e aproveita a Académica para subir de produção e criar duas situações de relativo perigo. Primeiro, num remate forte de ressaca de Wilson Eduardo mas à figura de Helton. Depois, numa “brincadeirinha” de Helton com Makelele a tentar aproveitar a sua ausência entre os postes.




Face às oportunidades, a vantagem é escassa. A apatia coimbrã permite ao FC Porto criar perigo, mesmo sem acelerar ou ser criativo no ataque. O golo de Mangala é determinante, porque coloca o FC Porto numa posição de conforto no jogo.

A segunda parte não trás novidades. As equipas entram com os mesmos onzes e a mesma toada de jogo. O filme inicial desta segunda parte acaba por ser um decalque do da primeira parte. O FC Porto entra melhor e acaba por materializar em golo a sua primeira grande oportunidade, aos 52 minutos de jogo. Destaque para James e Danilo. O lance começa em James, na zona central, que solicita a subida de Danilo no flanco. Danilo devolve a James e arranca para a área. Entretanto, James tabela com Lucho e faz o movimento vertical, arrastando as marcações. Lucho percebe a desmarcação diagonal de Danilo nas costas do lateral, aproveitando a preocupação com James, e endossa-lhe a bola. O passe é perfeito, deixando Danilo cara a cara com Ricardo. Perante a saída do guarda-redes, Danilo coloca a bola entre as pernas deste e faz o 0-2. Jogada flanqueada, criativo na sua zona e golo. Tão simples e, no entanto, tão complicado de obter neste FC Porto.

O FC Porto marca logo a abrir e os planos da Académica vão por água abaixo. Ainda assim, logo no minuto seguinte, Helton e Alex Sandro tentaram dar alguma emoção ao jogo, numa nova “brincadeirinha” em zona proibida.







Aos 54 minutos, de novo James a aparecer no jogo. Passe a rasgar para Jackson que foge a João Real. A recepção é boa e com classe suficiente para deixar Ricardo fora do lance, mas João Dias, na dobra, corta o lance quando Jackson já preparava o remate.







Após esta entrada forte, o jogo volta a arrefecer. Aproveita Pedro Emanuel para começar a corrigir o que tinha faltado à Académica durante todo o jogo: saída para o ataque. Tira um trinco e coloca um médio criativo.

A Académica melhora, mas não incomoda. O FC Porto, respaldado pelo 0-2, deixa o jogo correr. Aos 63 minutos, a Académica cria perigo num canto. Responde o FC Porto, três minutos depois, por Jackson de cabeça, também após um canto.

Sem resultados práticos, Pedro Emanuel volta a mexer e coloca, finalmente, um extremo em campo. Responde Vítor Pereira, aos 75 minutos, gerindo o esforço dos seus jogadores. Saem Lucho e James e entram Castro e Defour.

O jogo abranda muito de ritmo e só aos 87 minutos volta a haver perigo. Boa penetração de Defour pelo flanco direito, após toque de calcanhar de Moutinho. Defour serve Izmaylov que amortece para o remate de Moutinho. O remate sai forte, mas ao lado. Nova jogada flanqueada.

Mas o jogo não acabaria sem novo golo. Aos 89 minutos, livre cobrado por Moutinho, mas a defesa da Académica afasta. Na ressaca e fora da área, Castro desfere um pontapé cruzado e colocado, não dando hipóteses de defesa a Ricardo. Seguiu-se a alegria dos festejos do menino de Gondomar e, pouco depois, o apito do árbitro.

Objectivo cumprido. Não foi brilhante, mas foi sólido. Sobretudo, perante tão débil oposição. Ainda assim, são preocupantes as dificuldades físicas da equipa e continuamos a revelar as mesmas dificuldades crónicas o jogo ofensivo. E não temos mais margem de erro! Estamos no limiar do sonho.


Análises Individuais:

Helton – Foi um espectador durante todo o jogo. Ainda assim, o apelo pelo perigo e pelo risco foi irresistível em dois lances escusados.

Danilo – Foi um jogo onde doseou melhor as suas investidas e soube ser influente quando solicitado. Mais confiável do ponto de vista técnico, é premiado com um golo. Ainda tem um longo caminho para percorrer para ser o jogador que pode ser. Sai de rastos do jogo. Significativo.

Alex Sandro – Jogo muito amorfo. Não se destacou nem no plano ofensivo, nem foi muito sólido a defender. Anda longe da sua boa forma e isso nota-se no seu jogo.

Otamendi – Jogo imperial, só com um passo em falso, mas Wilson Eduardo acertou em Helton. Rápido e incisivo no corte, foi o comandante da defesa.

Mangala – Alguns lapsos defensivos, mas nada de monta. Ofensivamente, é um bicho na área. Marca um golo e quase marca outro. Os céus são o seu domínio.

Fernando – Num jogo onde o meio campo da Académica não exerceu pressão alguma, libertou-se de quando em vez no ataque. Deveria ter tido mais calma no lance no final da primeira parte. Maior tranquilidade e teria marcado. Esteve algo errático no passe.

Moutinho – Jogo de baixa intensidade, como em recuperação, mas sempre pontuado de qualidade. Qualidade de passe e sempre disponível para equilibrar a equipa. Esticou o seu jogo ao máximo e orientou o jogo “escondido” da equipa.

LuchoBom jogo, embora algo ausente do plano ofensivo. Ainda assim, fez a assistência para o segundo golo, num passe de excelente qualidade.

Izmaylov – Um jogo morno. Não jogou mal, nem bem. Não é extremo e não causou perigo no flanco. No centro, participou no que podia, mas nunca imprimiu uma qualidade diferenciada aos seus lances. Nem sim, nem sopas. Mais uma exibição cinzenta. O FC Porto precisa de um jogador mais ousado.

James – Longe da sua boa forma física, é ainda quem cria perigo. Sintomático das nossas dificuldades ofensivas. Quase tudo de bom no ataque saiu dos seus pés. É esta capacidade de mexer no jogo que faz de James um jogador único no plantel do FC Porto. Mesmo passando tempo demais longe do seu habitat.

Jackson – Trabalhou, suou e não marcou. Tentou tudo, mas não era o seu dia. Passa uma fome de bola durante o jogo que dói. Passa mais tempo fora da área a alimentar a equipa que dentro dela a ser alimentado. Até custa ver.


Castro – Mais um jogo onde volta a mostrar que tem um jogo mais equilibrado e que tenta não ser só um jogador de transpiração. Um bom golo e um prémio merecido. Foi bom ver aquela alegria. Contraste imenso com Danilo, por exemplo.

DefourBoa entrada, embora para um lugar que não é o seu.

MaiconNão deu espaço na defesa e prepara-se para titularidade frente ao Braga.





Ficha de jogo:

Académica-FC Porto, 0-3
Liga portuguesa, 24.ª jornada
30 de Março de 2013
Estádio Cidade de Coimbra
Assistência: 5.832 espectadores

Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Rui Teixeira e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Rui Patrício

ACADÉMICA: Ricardo; João Dias, João Real, Flávio (cap.) e Hélder Cabral; Bruno China, Makelele e Marcos Paulo; Rodrigo Galo, Edinho e Wilson Eduardo
Substituições: Bruno China por Cleyton (59m), João Dias por Marinho (67m) e Wilson Eduardo por Cissé (86m)
Não utilizados: Peiser, Halliche, Keita e Ogu
Treinador: Pedro Emanuel

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho; James, Jackson e Izmaylov
Substituições: Lucho por Castro (74m), James por Defour (74m) e Danilo por Maicon (81m)
Não utilizados: Fabiano, Liedson, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Mangala (15m), Danilo (52m) e Castro (89m)
Cartões amarelos: Bruno China (23m), Mangala (34m), Otamendi (62m) e João Moutinho (87m)




Análise dos Intervenientes: 

Vítor Pereira:

«Foi uma exibição segura e serena. Fizemos três golos e podíamos ter feito mais um ou outro, mas penso que não seria justo para a Académica. Estou satisfeito pela forma como gerimos o jogo e criámos oportunidades, e estou contente com os jogadores e com o resultado.»

«Fizemos um jogo personalizado. Sabíamos que não podíamos entrar com precipitações, nem querer chegar depressa. Trabalhámos o jogo, e os espaços foram surgindo e os golos apareceram. Podia ter aparecido mais do que um na primeira parte porque fomos criando oportunidades, mas no fim concluímos três e estamos satisfeitos.»

«Foi bom voltar às vitórias depois de quinze dias de seleções. Era importante retomar a normalidade, e a nossa equipa está habituada a ganhar, a nossa normalidade são as vitórias. Não me recordo de nenhuma situação de golo para a Académica. Pode ter acontecido uma ou outra oportunidade para atirarem à nossa baliza, mas nós controlámos o jogo.»

Sobre o regresso de Moutinho:

«A dinâmica do nosso meio campo está muito sistematizada. Os três jogadores que têm jogado mais no meio têm rotinas, e claro que as ausências se fazem notar, pela ligação que têm os três. E o João é um jogador inteligente que sabe marcar os ritmos, criar os espaços, aparecer e controlar os tempos de entrada. Por isso é um jogador importante.»

Sobre a desvantagem para o Benfica 

«Temos de fazer bem o nosso trabalho, com a seriedade com que fizemos hoje, e acredito que teremos campeonato até ao fim.»

Sobre Danilo que saiu com queixas 

«Julgo que não será nada de de especial, saiu apenas por precaução»


Danilo:

 «Somos todos jogadores de caráter»

«A equipa fez por merecer, fizemos um jogo controlado. O resultado é fruto do trabalho que fizemos durante o jogo.»

Foi a resposta forte que o treinador pediu?

«Independentemente do que o mister pedir, somos todos jogadores de caráter. Estamos habituados a vencer e quando temos dois resultados que não são a vitória isso deixa-nos incomodados. Fizemos o que tínhamos de fazer.»

Saída de campo em dificuldades

«Tive cãibras, é normal. Desgastei-me um pouco mais neste jogo, agora é procurar descansar para a próxima semana.»

Sobre o golo 

«Procuro ajudar a equipa. Às vezes ajudo mais, outras menos. Hoje fiz o golo e estou muito contente com isso.»

Questionado se ainda tinha muito a crescer

«A equipa ainda tem muito a crescer.»



Pedro Emanuel: 

«Primeiro golo condicionou estratégia»

«Este é um jogo muito fácil de analisar. Procurámos claramente controlar o que seria o ímpeto inicial do F.C. Porto, e a partir dai procurar as nossas saídas e causar algum incómodo no nosso adversário. Num lance de bola parada sofremos um golo logo aos 15 minutos e isso condicionou um pouco a nossa estratégia. Tentámos manter aquilo que seria o nosso modelo e estratégia para este jogo, procurámos reequilibrar aqui e ali, para chegarmos à frente com mais critério, mas o início da segunda parte deu tranquilidade ao nosso adversário, que com jogadores de qualidade nos conseguiu controlar.»

F.C. Porto não é de outro campeonato? 

«Mas este jogo não é do nosso campeonato. Queríamos disputar o jogo dentro de um critério e rigor que nos levaria a procurar e ambicionar outro tipo de resultado. Não foi possível, a vitória do adversário é justa, e a nós resta levantar a cabeça e continuar o nosso trilho para estarmos prontos para ir à luta nestas cinco finais que faltam.»

Depois do 2-0... 

«A diferença de dois golos deu maior conforto ao adversário e obrigou-nos a ter um maior dispêndio emocional e maior desgaste físico. E o jogo a partir daí deixou de ter aquele entusiasmo. Ainda tentámos o golo, mas não foi possível, e acabámos por desligar do jogo, porque o momento emocional não nos permite mais. E é essa luta que temos de ter connosco. Nós estamos dentro dos nossos objetivos e a nossa principal luta é no próximo fim-de-semana em Barcelos.»

Sobre a situação da Académica

 «Todos os jogos são decisivos nesta fase. As equipas estão muito juntas na tabela classificativa, e temos de jogar jogo a jogo, e procurar conquistar pontos com adversários diretos, como é o caso do próximo desafio. Temos de olhar para aquilo que é o nosso espírito competitivo, a nossa coragem para enfrentar estes momentos delicados, e acima de tudo temos de acreditar no nosso trabalho e ter uma força interior tremenda.»

Exemplo da última época

«Temos de reagir da mesma forma como fizemos no ano passado, quando também estivemos quinze jogos sem ganhar, e depois ganhámos a Taça de Portugal e fomos à Liga Europa. Acho que o passado recente é uma grande lição e um grande estímulo para nós. Mas para isso acontecer temos de querer, de estar motivados e acreditar nas nossas capacidades, e estar disponíveis para que isso aconteça.»




Por: Breogán


sexta-feira, 29 de março de 2013

Académica - FC Porto (Antevisão)


Terminada mais uma semana dedicadas às selecções, os campeonatos regressam neste fim de semana e o FC Porto volta a jogar fora do seu reduto defrontando desta feita em Coimbra a Académica. 






Com o empate obtido nos Barreiros diante do Marítimo a equipa liderada por Vítor Pereira encontra-se numa posição delicada, encontrando-se a quatro pontos da liderança restando sete jogos pela frente, um dos quais precisamente frente ao actual líder.





Sendo assim a margem de erro deixou de existir e além do mais os dragões não dependem exclusivamente dos seus resultados para serem campeões, dificultando a tarefa de alcançar a conquista do Campeonato Nacional.

A Académica tem realizado um campeonato bastante irregular, ocupando nesta altura a 12ª posição com 21 pontos, no entanto, está somente a três pontos da zona de despromoção saindo derrotado na 23ªjornada na Amoreira frente ao Estoril por 2-0. 

Para este jogo existem algumas baixas, mas há que registar o regresso após lesão de Flávio. Defensivamente o técnico Pedro Emanuel depois de ter tido diversas baixas ao longo da época, apresenta agora bem mais soluções, sendo expectável jogar sobre o lado direito da defesa  Rodrigo Galo, mantendo-se na esquerda  Hélder Cabral. No centro da defesa Flávio Ferreira deverá jogar como central ao lado de Reiner Ferreira ( João Real é outra das possibilidades), na baliza o indiscutível Ricardo. Peiser é superior sem dúvida, mas também é verdade que  Ricardo desde que começou a jogar na recta final da última temporada tem estado num nível elevado e merece ser o nº 1 da equipa, ele quando estava no Varzim na altura chegou a ser observado pelo nosso clube!

Em comparação com os últimos encontros a Académica deverá fazer mudanças substanciais no meio-campo e atendendo ao jogo do FC Porto assentar muito do seu futebol na posse de bola o treinador dos estudantes deverá promover o regresso à titularidade de Bruno China e Keita, dando assim mais agressividade no miolo nas costas de Cleyton, abdicando assim de Makelélé e de Marcos Paulo. No ataque tanto Marinho como  Wilson Eduardo deverão ser os alas, com Edinho a ser o elemento mais adiantado, não esquecendo o sempre perigoso Salim Cissé um jogador com potencial interessante.

No encontro da primeira volta disputado no Dragão o FC Porto venceu a Académica por 2-1 com James e Moutinho a marcarem para os azuis e brancos, enquanto o Wilson Eduardo apontou aquele que viria a ser o tento de honra da turma visitante.


Por: Dragão Orgulhoso

quinta-feira, 28 de março de 2013

Segunda Liga: Marítimo B - FC Porto B (Antevisão)


Com a subida de alguns elementos à equipa principal, o Marítimo "B" foi perdendo qualidade no seu jogo, apesar de assumir os mesmos pressupostos da "A" no seu modelo na forma de jogar, juntando a isto algumas baixas por lesão, depois de um começo bastante promissor na Segunda Liga, os resultados não tem sido lá muito favoráveis à equipa madeirense, chegando em certa altura a contabilizar nove derrotas consecutivas e nestes últimos quatro desafios realizados soma três desaires e apenas um triunfo, sendo que na ronda anterior o Marítimo "B" saiu derrotado no embate perante o Freamunde por duas bolas a zero.




Frente ao FC Porto "B" o Marítimo contará com o regresso dos castigados Patrick Bauer e André Ferreira e em sentido contrário o central Gegé continua lesionado, enquanto o médio defensivo Marakis com uma série de cinco amarelos estará fora deste jogo. Ainda com algumas dúvidas quanto ao onze (dependente das opções dos "A" se existirem) é de acreditar que sejam feitas algumas alterações comparativamente ao jogo com o Freamunde, com o técnico Ivo Vieira a apostar no 4-3-3 habitual, estando a baliza entregue ao José Sá, centrais o regressado Patrick Bauer e ainda Tiago, com as laterais a serem ocupadas por Armando e Ricardo Alves na direita e esquerda respectivamente.



Sobre o meio-campo Marakis será uma baixa tremenda (curiosamente já foi obrigado a jogar na posição de central esta temporada face às limitações do plantel) e o natural será fazer Romeu Ribeiro baixar no terreno, jogando como médios interiores Nuno Rocha e Amar (também pode jogar mais solto sobre uma das alas), sendo o trio ofensivo composto por Rúben Brígido, João Vieira e provavelmente Fidélis que teve oportunidade de jogar na última ronda. 

Para a 12ªjornada FC Porto e Marítimo defrontaram-se no Estádio do Pedroso e na altura os dragões bateram o conjunto madeirense por 1-0 (golo marcado pelo argentino Iturbe após conversão de uma grande penalidade). Na equipa "B" do FC Porto é de salientar o regresso após castigo de David Bruno e ainda de Zé António que assim já poderão ser opções para o técnico Rui Gomes.


Por: Dragão Orgulhoso

quarta-feira, 27 de março de 2013

As discrepâncias de Paulo Bento.


Na discussão que Paulo Bento durante a última semana travou com o nosso Presidente, além de se mostrar bastante desagradável para um Senhor com história feita no Mundo do Futebol, sim no Mundo mesmo como é o Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa, Paulo Bento mostrou-se também confuso, como confuso é o jogo da Selecção dele ou do patrão (empresário) dele.

Não é minha intenção rebuscar de novo todo o lamentável dialogo e a falsa troca de argumentos lançado pelo Sr. Paulo Bento, ele que já é pessoa para saber que se deve meter exclusivamente nos assuntos de ordem técnico/tácticos em vez de querer também ser director de informação da equipa que dirige.

Felizmente para todos nós Portistas Paulo Bento cada vez se afasta mais de espectro de um dia vir a treinar o nosso clube (salvé), mas vai deixando a imagem de alguém mesquinho e ressabiado, sabe-se lá porquê.

Nota-se no entanto o mesmo jeito com as palavras como se nota a treinar a selecção, as discrepâncias e as incongruências são as mesmas e termino estas breves palavras com duas citações do Sr. Paulo Bento com uns míseros dias de diferença uma da outra. Obviamente que nós sabemos que a falta de jeito deriva de uma hipocrisia só ao alcance de alguns e com o intuito de tirar como se costuma dizer "a água de cima do seu capote".

Até sempre Paulo Bento e que nunca treines o meu clube é o que mais desejo, não por estas palavras (saber ser hipócrita não é para todos), mas pela notória falta de jeito para a "Arte e ofício" de treinador de futebol.


E então diz Paulo Bento:

Ainda apertado antes do primeiro jogo:

"O Moutinho é que decide se joga ou não"




Depois de uma pobre vitória contra um fraco adversário e contra 10 jogadores:

"O João jogou porque quem faz o 11 da seleção nacional sou eu e mais ninguém."


Por: Rabah Madjer

Revista de Imprensa - 27 de Março 2013


Seleção faz as manchetes


  A vitória, por dois golos a zero, da seleção nacional diante da seleção do Azerbaijão, em jogo a contar para o apuramento do Mundial 2014, faz manchete nos três diários desportivos portugueses.



O Jogo:

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- FC Porto: Izmaylov marca lugar para Coimbra; Vitor Pereira quer ainda mais pressão



Bruno de Carvalho, "Vamos fazer mais e falar menos"
- Djuricic bisou contra a Escócia
"A voar sobre brasas", golos de cabeça de Bruno Alves e Hugo Almeida deixam Portugal no trilho do play-off



Record:

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- FC Porto: "Banco não rende golos"


- "Entrada de emergência - Sporting tem 24 horas para acertar contas com a Uefa"
- Alerta máximo na defesa, titulares tocados
- "Voltou a esperança", Bruno Alves e Hugo Almeida marcaram em vitória incontestável"



A Bola:

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- FC Porto: Nápoles devolve Rolando, preço alto e fraco rendimento; Izmaylov regressa em Coimbra


- Bruno de Carvalho toma posse hoje, "Vamos devolver a paz ao clube"
- Alerta na defesa
- "Mais perto do Brasil", Portugal voltou às vitórias e continua na corrida para o Mundial


Notícias sobre o FC Porto:




Christian Atsu e Quiñones continuam a trabalhar à parte
       
Ainda com vários internacionais ausentes, os bicampeões da Liga Zon Sagres continuaram hoje a afinar a estratégia para derrotar a Académica de Coimbra, no próximo sábado. Os lesionados Atsu e Quiñones seguem condicionados.

Recorde-se que o internacional ganês contraiu uma lesão diante do Marítimo, na 23.ª jornada do campeonato, e ainda não é certo que possa defrontar os estudantes. O colombiano Quiñones também está afastado, só que o lado esquerdo da defesa pertence exclusivamente a Alex Sandro.

De salientar que Vítor Pereira orientou apenas 17 jogadores no Olival e só deverá começar a contar com João Moutinho, Varela (Portugal), James Rodriguez, Jackson Martinez (Colômbia) e Steven Defour (Bélgica) a partir de amanhã.

A quatro pontos do Benfica e com sete jornadas por disputar, o FC Porto está proibido de perder mais pontos na deslocação a Coimbra, marcada para as 18.15 horas do próximo sábado. Logo depois, às 20.30 horas, as águias receberão o Rio Ave no Estádio da Luz.



Rolando devolvido em junho

O Napoli não vai exercer o direito de opção sobre Rolando, pelo que o defesa central regressa ao FC Porto em junho, altura em que termina o empréstimo ao clube napolitano.

Cedido pelos dragões em janeiro ao emblema da Serie A, o internacional português não tem conseguido ganhar espaço na equipa de Walter Mazzarri, contabilizando apenas quatro presenças no "onze" napolitano, sempre marcadas por problemas de adaptação ao esquema de três defesas.

Perante estas limitações de Rolando no San Paolo, Aurelio De Laurentis, presidente do Napoli, considera que os sete milhões de euros estabelecidos na cláusula representam um valor demasiado elevado tendo em conta o rendimento do jogador, pelo que o cenário de devolução do defesa de 27 anos é, nesta altura, o mais forte.


Mangala: «Mesmo que queira ir para Man.Utd, FC Porto tem uma palavra a dizer»

Mangala tem sido dado como alvo do Manchester United e o defesa do FC Porto admite que o interesse do clube de Old Trafford é algo que lhe agrada, embora refira que qualquer transferência tem que passar pela vontade dos azuis e brancos em transferi-lo.

«Estou lisonjeado com o interesse de um clube tão grande como o Manchester United. Qualquer jogador estaria», afirmou o defesa que se assumiu como titular na equipa orientada por Vítor Pereira, em declarações à Sky Sports.

«Mesmo que queira ir, tenho contrato com o FC Porto até 2016 e o FC Porto terá sempre uma palavra a dizer numa possível transferência», acrescentou.



Palmeiras quer alternativa ao ex-dragão Kléber

Kléber, avançado do FC Porto que está emprestado ao Palmeiras, tem sido criticado e a imprensa brasileira revela que os responsáveis do verdão já procuram uma alternativa.

Segundo o jornal Globo Esporte, Alecsandro - que alinhou no Sporting e joga no Atlético Mineiro - é um dos alvos, mas também Anselmo Ramos, do Cruzeiro, é um dos jogadores apontados.

Kléber deixou o FC Porto no mercado de transferências de janeiro. O avançado jogou em seis partidas mas ainda não marcou.





Por: Cubillas

terça-feira, 26 de março de 2013

Sonho (Por Walter Casagrande)



Há uns meses, aquando da análise das contas da SAD (Ler Aqui), fiz uma tentativa de colar algo objectivo e material com a palavra felicidade.

A gestão das contas é em prol da minha felicidade? Se sim tem o meu apoio.

Vou insistir na felicidade. Ligando-a ao sonho.

Vamos percorrendo a vida a sonhar. Desde sonhar ter aquele brinquedo, comer aquele doce ou petisco, viver com aquela mulher, conhecer aquele país, conseguir aquele emprego, comprar aquela casa, ver o Porto ganhar aquela taça.

Se a palavra sonho vos parece muito distante e algo infantil poderão substitui-la pela palavra projecto, vontade ou pela palavra objectivo. Desta última fujo a sete pés desde que o Paulo Bento a matou por exaustão com o 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e……………. 50.º objectivo.







Um sonho é um sonho e cada um sonha à medida da sua dimensão e do contexto em que está inserido.
Mesmo que implique dar um passo maior que a perna sonhar é sempre bom. Bom, porque nos mantém vivos e felizes. É difícil ver alguém infeliz quando procura incessantemente um sonho ainda que o mesmo pareça impossível de alcançar.





A queda no abismo da infelicidade pode ser brutal quando, após transformar o sonho em realidade, se perde a vontade de continuar a sonhar, a desejar algo, a lutar por qualquer coisa.

Há inúmeras histórias de doentes em fase terminal que prolongam a vida para além do tempo cientificamente expectável porque sonham resolver aquele problema ou rever pela última vez aquele familiar.

Quando ouvi, pela primeira vez, da boca de uma enfermeira do IPO, as expressões “Não estava preparado para morrer” e “Já podia morrer” não percebi o significado da coisa.

O quê?! Ninguém está preparado para morrer. Ninguém decide quando pode morrer.

Anos mais tarde percebi. Quando se sonha e se luta por algo nunca se está pronto para a morte, para a infelicidade ou para a derrota. Se não se está pronto, adia-se.

Quando se preenchem todos os cromos da caderneta dos sonhos duma vida está-se pronto para morrer.
Se em vez de vida falarmos de empresa é porque está próxima de falir.

Se substituirmos empresa por clube é porque está pronto para perder. Pensamos na ausência de sonhos do Sporting do Roquette e seus discípulos e percebemos o estado a que chegou. 


Sonhar não é demagógico. Sonhar não é coisa de optimistas aluados.

Consigo persistir num pessimismo militante e fazê-lo conviver com a importância vital de sonhar.
Suportado nessa militância ouvi há meses o seguinte:

“Vencer a Champions? Temos de ter esse sonho. Quando o FC Porto venceu a Champions, havia favoritos como o Barcelona, Bayern Munique ou Inter. Portanto, não é irrealista ter a esperança de ver o Porto a vencer a Champions outra vez”

Esta frase foi proferida pelo nosso inspirador capitão e líder. Na altura, quando a li, a minha primeira sensação foi: “Tá maluco! Ganhar a Champions?”

Depois reli a entrevista e foquei-me no “Temos de ter esse sonho”. Reparem na imperiosidade. Temos que ter. É obrigatório sonhar.

Pensei em começar a crónica com esta frase. Para chocar, para confrontá-la com o que depois se passou e como se passou.

Receei que quem a lesse hoje passasse ao lado do “Temos que ter esse sonho.” Por isso, entendi deambular por outros caminhos, menos futebolísticos.

Até aqui.

O sonho do Lucho acabou. Agora vamos ver o Subotic a correr atrás do Saviola e vamos engolir em seco. Era o Jackson que devia ser perseguido.

O Campeonato sempre foi visto como uma obrigação que é uma das derivações menos simpáticas da palavra sonho. Uma obrigação é uma responsabilidade. Um sonho é um desejo.

Eu não sou um irresponsável se não conseguir aquele emprego, visitar aquele país ou viver com aquela mulher.

Aí sigo o Lucho. O Porto não é obrigado a ganhar. Está obrigado a querer, ou sonhar, ganhar.
Seja obrigação, objectivo ou sonho o campeonato está, desde a última jornada, muito mais distante.

A partir daqui temos 2 caminhos que partem da resposta à pergunta:

“Há mais cromos para preencher na caderneta dos sonhos?”

Se sim, qual é o sonho que nos vai guiar?

Se não, transformemos o clube num tribunal e renuncie-se a objectivos desportivos em prol da análise de quem esteve bem ou mal, quem deve sair ou ficar, quem deve entrar ou ficar à porta.
Fazer da Taça da Liga um sonho é um insulto aos sonhos. Não se passa a vida a sonhar com tudo.
Eu não sonho com a cor do semáforo que sei que vou apanhar daqui a 30 minutos quando sair daqui. Se está verde ando, se está vermelho paro.

A taça da Liga é um semáforo. Temos que passar por ele e convém que não esteja vermelho não vá atrasar-nos para o encontro com o sonho seja ele uma mulher, um café com um amigo ou um jogo da Champions às 19.45.





Ter um Moutinho e um James desgastados com viagens e lesões a jogar contra o Rio Ave na 4ª feira é cor vermelha no semáforo. Pode prejudicar o sonho.

Qual é o sonho?

Cada um escolhe o seu caminho. Pelo que tenho lido e ouvido muitos portistas sonham com o Vitor Pereira. Mais propriamente, com a sua saída.

Outros entretêm-se a sonhar com o próximo ano.

Como vai ser, com quem vai ser e o que se vai sonhar quando aí se chegar.
Reparem, mais uma vez, na importância do sonho.
Quem não percebe ou não concorda com o “Temos que ter esse sonho” do Lucho salta capítulos.
Como não quer viver o pesadelo de não ter nenhum sonho em Abril e Maio passa automaticamente de Março para Junho. Como é que passa?
Sonhando.

Com o Vitor Pereira na rua ou com o Reyes no Olival. Tudo vale para não passar por Abril e Maio.
Há 2 anos atrás o nosso sonho era gigante. O Benfica está na mesma crista da onda desse sonho. Se perguntarem a algum benfiquista pelo sonho de Junho ou Julho manda-vos passear.
Podem fazer a dobradinha e lutam por a ela juntar a Liga Europa. “Carrega Benfica!”
Qual Junho ou Julho? Isso é para derrotados.
O meu pessimismo faz-me imaginar a concretização desse sonho e o regresso da faixa “Reservado”. Penso no António Costa nos Paços do Concelho, nos repórteres destacados para cobrir esse acontecimento que permitirá que comentadores políticos, económicos e cor-de-rosa passem uma boa temporada de férias.
Passos Coelho, Papa Francisco ou Angela Merkel desaparecerão por milagre da agenda mediática.




Será a hora da benfica TV, da Bola Tv, do Rui Santos, do Miguel Prates, do João Gobern, do Carlos Daniel, do Rui Gomes da Silva a babar-se de alegria, da Leonor Pinhão,das entrevistas de fundo de Luis Filipe Vieira, das histórias de vida do Jorge Jesus desde o Amora até ao benfica.

Será a hora ideal para subir impostos, despedir pessoas, remodelar o governo. Será a hora para tudo isso. Semanas de festejos, entrevistas, reportagens, análises e debates.

Já vejo a Visão e a Sabado com o bigode do Luis Filipe Vieira na capa:
“O Homem que fez acordar o monstro!”

Como tudo isso me passa pela cabeça e como acho que cada um tem que ter um sonho para Abril e Maio deixo aqui o meu. É pequeno e está ao alcance de 90 minutos.
O meu sonho é que o Benfica, entre a jornada 24 e a jornada 28 perca 2 pontos. Só.
Todo o portismo tem que ter esse sonho e lutar por ele. Jornada 29.
Se tiver esse sonho encarará os jogos que tem que fazer em Março e Abril de outra forma. Como instrumento de perseguição ao sonho de Maio.

Sonho com o momento em que um portista poderá olhar para um dos seus pares e dizer:
“Jornada 29 Amigo!” 

Aqui chegados, acreditem que para qualquer benfiquista chegar à jornada 29 com 3 pontos de avanço é um pesadelo.
A parte psicológica do sonho é o Diabo.
Chegar aqui com 3 pontos de avanço sem nunca ter tido 4 é uma coisa.
É a continuação da luta com o Estado de Espirito que lhe está associado.
Chegar aqui com 3 pontos depois de já ter tido 4 é outra.
É um pesadelo. E nós temos que ter esse sonho.


Por: Walter Casagrande

Revista de Imprensa - 26 de Março 2013


Pinto da Costa versus Seleção, Lima e Jesualdo fazem as manchetes



 Em dia de jogo decisivo para a seleção nacional, apenas um dos jornais desportivos faz manchete com a equipa das quinas, mas dando mais eco à troca de palavras entre o selecionador Paulo Bento e o presidente do FC Porto, Pinto da Costa.
Lima, em entrevista, é outro dos destaques, frisando que o Benfica quer ganhar em todas as frentes, e Jesualdo ocupa outra manchete.



O Jogo:

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- FC Porto: "Preocupa-me ver a seleção jogar tão mal", Pinto da Costa responde ao selecionador.



Jesualdo é o treinador de Carvalho: presidente recém-eleito quer estender contrato que termina no final da época; hipótese Ghilas ganha força; "Já houve algum encontro de ideias", Freitas Lobo confessa-se aliciado depois de ter participado em duas reuniões com a nova direção
- "Djuricic pode ser concorrente de Lima", Filipovic também diz que Sulejmani vai fazer muitas assistências; Melgarejo também regressa mais cedo
Azerbaijão - Portugal às 17h: "Podem continuar a mandar postas de pescada", Paulo Bento puxa dos galões na resposta a Pinto da Costa sobre João Moutinho; Danny faz de Ronaldo


Record:

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- FC Porto: "Ver Portugal jogar tão mal é que me incomoda", Pinto da Costa ataca de novo


- Europa é a meta; Bruno de Carvalho já definiu primeiro objetivo do mandato no Sporting
- "Benfica pode fazer história", Lima ambiciona conquistar campeonato, Taça e Liga Europa; "Sonho marcar 30 golos", faltam 9 esta época
- Azerbaijão - Portugal às 17h: "Que continue a debitar postas de pescada", Paulo Bento responde ao líder portista; Vieirinha e Danny titulares.



A Bola:

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- FC Porto: Pinto da Costa vai continuar no poder


- Bruno de Carvalho quer Jesualdo na próxima época
- em risco para o Rio Ave; Maxi, Melgarejo e Cardozo a recuperar de lesões
- Azerbaijão - Portugal às 17h: Peixeirada; reação dura de Paulo Bento aos recados de Pinto da Costa; em véspera de jogo decisivo de Portugal no Azerbaijão, selecionador mostra pulso firme no caso Moutinho


Notícias sobre o FC Porto:





Pinto da Costa responde a Paulo Bento: «Se aquilo foi estar a cem por cento então o Moutinho desaprendeu de jogar»

Pinto da Costa criticou, Paulo Bento respondeu, e eis que o presidente do FC Porto não deixa o selecionador nacional sem resposta: «Se aquilo foi estar a cem por cento então fico muito preocupado porque nestes dias o Moutinho desaprendeu de jogar».

«Acho que foi óbvio que ele não estava a cem por cento, porque se aquilo foi estar a cem por cento então fico muito preocupado porque nestes dias o Moutinho desaprendeu de jogar», disse o presidente dos dragões, no final da Gala do Centenário da Associação de Futebol do Porto, cuja cerimónia decorreu ontem à noite no Coliseu do Porto.

Pinto da Costa mostrou-se muito crítico em relação a Paulo Bento e à seleção nacional, e respondeu ao selecionador, que ontem, em conferência de imprensa, já havia respondido às críticas do dirigente: «O João jogou porque quem faz o 11 da seleção nacional sou eu e mais ninguém. Com a concordância do departamento médico e do jogador, entendemos que ele tinha condições para jogar. É muito fácil entender por que tomámos essa decisão e quem não entende vai continuar a mandar postas de pescada», afirmou Paulo Bento.

Cáustico, Pinto da Costa também teceu considerações sobre a atuação de Portugal contra a seleção de Israel: «Fiquei preocupado por ver a seleção jogar tão mal. Acredito que vamos estar no Mundial mas é triste ver uma equipa com alguns dos melhores jogadores do Mundo, recheada de tantos valores, fazer exibições como a que vimos em Israel. Quem viu esse jogo ficou aliviado com o golo no último minuto mas, certamente, ficou desiludido com o resultado», atirou, continuando.

«Não se pode dizer que Portugal não venceu por falta de eficácia, porque isto não é andebol. Uma equipa que marca três golos não pode não vencer por falta de eficácia. Só se for falta de eficácia defensiva», apontou, mostrando-se, no entanto, convicto de que a equipa das quinas vai conseguir o apuramento para o Mundial 2014.



Villas-Boas: «Ano no FC Porto marca a minha vida»

André Villas-Boas foi considerado, esta noite, o «treinador revelação do século» para a Associação de Futebol do Porto.

O atual treinador do Tottenham, que se distinguiu ao serviço do FC Porto, lembrou o ano que passou no Dragão e considerou-o fundamental para a distinção de que foi alvo.

«Tenho uma carreira muito curta e este prémio ultrapassa os troféus que ainda espero vir a ganhar. O que fiz no FC Porto contribuiu para esta distinção. Foi um período excecional, ganhámos tudo e isso marca a minha vida. Marcará para sempre a minha carreira», afirmou o ex-treinador dos azuis e brancos, que espera ver os dragões a levarem a melhor sobre o Benfica na luta pelo título.

«Há uma grande expectativa, o campeonato está a ser muito disputado. O Benfica tem uma ligeira vantagem, mas espero que o FC Porto consiga eliminá-la e que seja campeão. É o meu grande desejo».


Manchester United de olho em Alex Sandro

O Manchester United já pensa na sucessão do lateral esquerdo Patrice Evra, que tem apenas mais um ano de contrato com os red devils. Alex Sandro, lateral do FC Porto, é um dos nomes ventilados esta segunda-feira.

O jornal britânico Daily Mail garante que Alex Ferguson vê com agrado a contratação do internacional brasileiro, que tem sido observado com atenção pelos emissários do atual líder da Premier League.

O clube inglês fez-se representar nos dois encontros do FC Porto com o Málaga nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões com o propósito de observar in loco o lateral.

Recorde-se que Alex Sandro chegou ao FC Porto na época passada, proveniente do Santos, tendo custado aos dragões 9,6 milhões de euros.






Por: Cubillas

segunda-feira, 25 de março de 2013

Jackson Martinez contamos contigo!




Diz o ditado que no melhor pano cai a nódoa. 


No caso de Jackson Martinez infelizmente o ditado fez jus num dos momentos decisivos da época. Chegado este ano ao reino do Dragão Jackson cedo se assumiu com um futebolista de fina água  um digno sucessor de Falcao e na linha dos grandes pontas-de-lança que envergaram a camisola do FC porto.







Jackson cedo se ambientou a um continente diferente e a um futebol forçosamente diferente daquele a que estava habituado a jogar, apesar disso os jogos sucediam-se e Jackson mais não parecia que um veterano com longos anos de Azul e branco vestido, os golos surgiam em catadupa, alguns de uma beleza que rapidamente fizeram o seu nome e os seus gestos técnicos percorrerem meia Europa.





Chegada a fase decisiva da época e sobre Jackson cai a nuvem negra que por vezes cai sobre os melhores, infelizmente com três penaltis falhados, dois deles que hipoteticamente nos custaram vitórias e nos deixaram a não depender exclusivamente de nós para chegarmos de novo ao título.

Jackson já provou ser um super jogador, um homem de fortes convicções e confiança. Ele que esta época tem jogado os jogos praticamente todos, sem descanso, sem paragens e com inúmeras viagens inter-continentais para estar também ao serviço da sua selecção  o que também faz dele um super atleta, mas também nos demonstra que é preciso ter cuidado com os exageros, que a competição sem pausa lhe pode causar em dano sobretudo nesta fase da época em que tanto dele vamos precisar.

Não é hora de fazer balanços sobre a utilização em excesso ou não de Jackson (o treinador e ele próprio mais que ninguém saberão de que forma foi feita a gestão e em que condições ele se apresentará no derradeiro terço da época, altura de todas as alegrias ou tristezas) é altura sim de pedirmos uma dose de esforço e alegria extra, de mentalidade positiva e de confiança extremada.

É um Super Jackson que esperamos para o fim de época, um jogador com a alegria dos primeiros jogos e mimado para render o que dele precisamos, ele merece por tudo que fez que o fim seja como no melhor dos filmes, ou seja feliz, e nós merecemos festejar junto com Jackson Martinez mais um campeonato para o nosso clube.





Por: Rabah Madjer
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